Les Petites Mains: um retrato social

O diretor de "Les Petites Mains" (Mãos Pequeninas), Rèmi Allier, que também assina o roteiro juntamente com Julien Guetta e Gilles Monnat, retrata em seu segundo curta-metragem o conflito social através do olhar infantil.

Vemos nos minutos iniciais do filme, um super close no rosto de uma criança toma a tela. Logo em seguida, o plano abre e vemos uma criança brincando numa sala. Ao fundo, ouve-se uma discussão, que aos poucos nos é revelado pelo ponto de vista de Leo (Emile Moulron Lejeune), um garoto de dois anos, que observa inocentemente o desespero e a luta de funcionários pelos seus empregos ao descobrir que a fábrica aonde trabalham está preste a fechar as portas.

A tensão se intensifica quando Bruno (Jan Hammenecker), um dos trabalhadores mais radicais, no impulso, tenta resolver o problema sequestrando Leo, filho do diretor, para usá-lo nas negociações, ao qual os tons mais frios da paleta ambientam a atmosfera do filme, bem como expressam o emocional das personagens envolvidas.

O diretor leva o espectador também a experimentar essa tensão, pois as reações de Bruno são imprevisíveis, e com isso, causa uma angustia, mas, infelizmente, não supreende com o desfecho da trama, além de levantar mais pontos de reflexão sobre a questão abordada no curta-metragem.

 

 

 

 

 

 

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