“The Simpsons”: a sociedade refletida na animação de Matt Groening

“The Simpsons”, a famosa série de animação para TV, conquistou o mundo com sua irreverência e boas pitadas de humor negro.

Criado pelo cartunista norte-americano Matt Groening – enquanto esperava o produtor do programa “The Tracey Ullman Show”, James L. Brooks -, The Simpsons foi exibida pela primeira vez em abril de 1987 como vinhetas do programa. Em 1989, o desenho animado ganha espaço e se torna um seriado de 30 minutos transmitido pelo canal Fox.

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A família Simpsons, composta por cinco integrantes principais, possuem personalidades bem marcadas, com suas carências, falhas e qualidades, que mesclam peculiaridades dos indivíduos reais com o lúdico.

Os elementos da cultura mundial é referência direta nos episódios da série. As situações cotidianas da realidade social vividas pelos personagens evidenciam assuntos polêmicos, tais como, a homossexualidade, adultério, religião, consumismo desenfreado, alcoolismo, vegetarianismo, energia nuclear, aquecimento global, pena de morte, entre outros temas pautados no desenho.

O desenho animado se apropria do contexto da sociedade mundial no qual a família se insere. A partir daí, constrói na sua própria ideologia histórias de duplo sentidos e usa do humor negro como combustível para satirizar e criticar a sociedade contemporânea. Segundo Matheson, no livro “Os Simpsons e a Filosofia”, a série utiliza-se também da autoironia, denominada por ele como “hiperironismo” – no qual “consegue ironizar seu próprio cinismo”.

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Os episódios (des)constroem a ideologia “American Dream” (Sonho Americano). Na concepção de Ricardo Miguez, embora o caos presente na vida dos Simpsons, esses princípios – reforçadas pelas imagens – sempre guiarão os indivíduos ao progresso. Assim, “com sua inofensiva aparência de desenho infantil, é uma poderosa ferramenta de manipulação de massas.”