Segundo alguns estudiosos, a tatuagem é mais antiga que a própria humanidade. No livro “Teorias da Tatuagem”, da artista plástica Célia Maria Antonacci Ramos, da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), cita que um dos intuitos da tatuagem era “registrar sua própria história, carregando-a na pele em seus constantes deslocamentos."
Com o passar do tempo, a prática foi se difundindo pelos continentes assumindo diferentes finalidades como, por exemplo, rituais religiosos, ornamentação e identificação de escravos e prisioneiros no Império Romano.
Vários registros à respeito da tatuagem foram identificados ao longo dos séculos. Já no final do século XX, vista até então como uma peculiaridade de marinheiras e presidiários, acabou atraindo o interesse dos jovens. Infelizmente, a sociedade contemporânea ainda não vê com bons olhos a tatuagem. Embora haja discriminação e preconceito com essa prática, muitas pessoas possuem-nas pelo seu corpo.
A tatuagem não deixa de ser uma arte em que o tatuador, como o pintor, deixa impressa sua arte e sua marca na “tela”, a pele. Alguns tatuadores acabam se destacando no meio por suas peculiaridades e dão um show à parte. Dentre eles, cito o paraibano John Monteiro que vem se destacando com seu estilo, que envolve o uso de pontos e efeitos que se assemelham a pinceladas.
Outro tatuador que também admiro seu trabalho é do japonês Kenji Alucky. As tatoos criadas por Kenji apresentam formas geométricas e tribais, no qual utiliza a técnica de pontilhismos, que surgiu na metade do século XIX na França, com o movimento artístico neoimpressionista.
As tattoos do franco-canadense Yann Black também chama atenção por sua identidade artística. Com seu estilo inconfundível, Black transfere sua arte da tela para a pele a ser tatuada.
O polonês Mariusz Trubisz também impressiona com sua técnica e estilo de sombreamento e cores vibrantes.

Erica Ribeiro
Comunicóloga, escritora, cineasta e também jardineira. É cofundadora do Coletivo Pausa, cofundadora/editora-chefe do EntreLinha, uma cinéfila incorrigível, amante das artes e da literatura.