por Lucas Placer
Uma das lembranças mais legais da minha infância, quando ia visitar meus avós na cidade de São Paulo, era observar os outdoors e letreiros luminosos que bombardeavam minha visão na chegada da cidade. Era algo que me agradava muito, pois era algo realmente fora do comum para uma pessoa que cresceu no interior.
Com a lei de poluição visual, esse impacto foi reduzido quase à zero, mas como profissional hoje, entendo que havia um excesso de informação que gerava perda da relevância para os anunciantes e coisas do gênero. Uma coisa que sempre me perguntava era: “Por que não procuraram uma alternativa para suprir essa característica se há tanto espaço para se aproveitar?”
Alternativas sempre foram tomadas em doses homeopáticas, como alguns grafites e afins. Mas por que não aproveitar as fachadas dos prédios causando intervenções em grandes escalas visuais? É exatamente isso que um artista de codinome 1010 de Hamburgo, na Alemanha, tem feito. Ele tira a monotonia das grandes fachadas.
Ao olhar pelo lado arquitetônico, o quanto não melhoraria uma habitação coletiva, como, as da CDHU e do programa Minha Casa Minha Vida? Enfim. Em programas habitacionais gerados por meio público, a aplicação dessas intervenções para o aumento da autoestima de quem mora em um lugar em que a beleza também é um ponto relevante.