Muitas pessoas com certeza já deve ter assistido ou pelo menos ouvido falar do longa-metragem de ficção científica “Alien: o oitavo passageiro” (1979), dirigido pelo cineasta Ridley Scott, um clássico do cinema que vale a pena ser visto.
Durante a pré-produção, Scott buscava inspiração para criar a imagem do extraterrestre Alien. Ao entrar em contato com o livro “Necronomicon”, do artista plástico surrealista H. R. Giger, surge uma grande parceria em que Giger assina a criação do personagem e aspectos visuais do longa-metragem.
Para quem ainda não conhece, “Necronomicon” é uma obra composta por uma série de pinturas de seres híbridos que exploravam a relação do corpo humano e a máquina, denominado por ele de "biomecânicas”, que apresentam uma atmosfera obscura, perturbadora e, ao mesmo tempo, muito sensual.
As ilustrações presentes na obra são representações das imagens que surgiam em seus pesadelos. Desenhá-las foi uma forma que encontrou para se sentir melhor. Giger via isso como “uma espécie de auto-psicanálise". Como pode ser vista logo a seguir:
Antes do grande sucesso de “Alien”, Giger já havia produzido os documentários “Swiss Made” (1968) e “Tagtraum” (1973) e “Necronomicon” (1976), dando vida as suas obras. Em Hollywood, desenvolveu o visual dos longas-metragens “Dune” (1984), de David Lynch; "Poltergeist 2" (1986), de Brian Gibson; “Alien 3”(1992), de David Lynch ; “A Experiência” (1995), de Roger Donaldson, e Prometheus (2012), de Ridley Scott.
Além das criações desenvolvidas para o cinema, o artista plástico também chegou a criar conceitos visuais para alguns álbuns musicais, porém era muito seleto em relação à escolha de cliente que o procuravam. Giger ilustrou capas do álbum "Brain salad surgery" (1973), dos Emerson Lake & Palmer e do disco "Koo Koo” cialisfrance24.com (1981), de Debbie Harry (Blondie) – imagem abaixo – , entre outros.
Giger, falecido no mês de maio de 2014, é um artista ímpar que deixou como legado uma vasta obra de artes surrealistas e emblemáticas.